Monday, September 24, 2007

Seus olhos

Ando com manias de descrever olhares que meus olhos
Nunca enxergaram;
Olhares cuja existência só Sartre para me ilucidar,
Porque a dúvida cartesiana já fracassou na época moderna.

Ai de mim ousar transparecer o segredo deste trovador
Pouco sucedido nas barbatanas das donzelas
Homem cheio de sina invertida
E revertida para a chaminé do intestino grosso

Vejo seus olhos como nunca vi outros
Mas se olhar seus em troca me cairá água morna no rosto
Juro e renuncio, mais vale te esquecer

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