Wednesday, October 31, 2007

desabafo

ao Lucílio Manjate

Cuspiu desdém ante meu eterno desejo
Desiludido enforquei-me na beer
Desdenhei minha vontade de viver
E adoptei este sufoco escrever

Não quis mais nada saber sobre mim
Nem de Deus que me deu este sentimento
Fui cativado pelo diabo da solidão
Ao apaixonar-me pela sua filha

A chama doce apagou-se na minha alma
E andei vagabundo a procura de mim
Cismei em comprar prazer lá na baixa
Mas terminei na Toilet com minha mão ensaboada

Foi auto - desvirgindade
Mas porque a lei não proíbe, aventurei
Matei o primogénito da minha puta sina
Quando larguei o gemido do meu túnel


Meu vizinho ficou surdo
As velhas vieram mendigar de pernas asteadas
Era mel puro, doce
E todas mulheres estavam lá
Até aquela puta por quem me apaixonei

1 comment:

cartas de M said...

Muito Bonita a Sua poesia, é com agrado que vejo talentos emergindo nesse pedaço de índico que tanto estimo.
Parabéns, espero que reparem em si e que a sua poesia se vá refinando e afinando cada vez mais.

Abraço fraterno