Olhei para o Céu e vim nuvem negra
As pálpebras do ódio rebolavam suas ancas
Senti que os abutres estavam amargurados
Amargurados com minha ida à Academia
Deixei para trás meu sonho de ser filósofo
Preferi doar sangue para saciar a fome
Daqueles que quando me deito eles
Vão se esfregar no riacho do sanque quente das galinhas
Não quis ser mais aquilo que jurei um dia
Fiquei e valeu porque descobri que
Não poucas vezes, os abutres vestem-se a maneira
De velhos colonos simpaticos que passam a vida
A tomar café na baixa da cidade
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